Aula Especial - Universidade Veiga de Almeida - UVA

24/04/2011 17:29

11 de Junho : Universidade Veiga de Almeida - UVA - Rio de Janeiro ( Campos Tijuca )

CURSO QUE MINISTRAREI NA DATA ACIMA : 


CURADOR- SACERDOTE, O MITO VARIANTE DO XAMÃ.

 O Xamã representante nas sociedades primitivas da Cura e da religiosidade traz ao nosso universo a necessidade de avaliarmos o afastamento que sofremos desse universo religioso. Ao nos afastarmos deixamos tradições e símbolos contidos em nosso inconsciente, eles permanecem sem expressão, sem significado tornando muito dos nossos dilemas em algo indecifrável e causadores de doenças psíquicas e transtornos que nos impossibilitam de nos aproximarmos do nosso caminho para a individuação, para a aproximação do self. Tornando assim muitas vezes um projeto de vida vazio, sem alma e transformando nossa alma em manifestações de doenças e inquietudes doentias.

Assim, o propósito desse curso dá-se de forma a nos aproximarmos deste mito, o Xamã, trazendo à tona seu papel nas sociedades primitivas e sua resignificação no papel do psicoterapeuta.

Seu processo Iniciático, que se dá após um "chamado" seja através de doenças graves na infâncias, delírios, sonhos premonitórios e sempre de forma clara em episódios que põe em risco sua saúde física e mental, traz à tona sua vocação para as atividades xamanísticas. Vida e morte caminham lado a lado, como uma necessidade de renascer a cada episódio e é o confronto com seus medos e fragilidade diante de um universo totalmente desconhecido, que o aproxima da vida espiritual. Esse duelo entre a vida e a morte é travado no seu processo iniciático na busca do contato com o mundo dos espíritos, em busca de auxilío para a cura, para a sobrevivência.

Através de considerações feitas por Jung e Marie-Louise Von Franz, quanto ao processo de aprendizado do Analista na prática da clínica psicológica, podemos observar que a vocação se aproxima desse "chamado" e nos convidam a avaliar o processo iniciático de um analista em seu desenvolvimento. Para eles essa vocação é sentida de forma a conduzir o Analista a uma busca de si-mesmo, e ao seu próprio processo de cura.

O Mito do Curador traz em si, a dor e o sofrimento que ambos, Xamã e Psicoterapeuta, deverão passar no aprendizado para alcançar o contato com inconsciente coletivo e pessoal antes de poder se aproximar de alguém no intuito de curá-lo.

Assim, é preciso vencer a etapa do Mito do Herói para nos aproximarmos do mito do Curador: curador ferido; e através dele, naquilo que nos é mais precioso e expresso no instinto inato da Religiosidade contido em nosso self, promover um diálogo com a universalidade e humanidade do papel do xamã e do psicoterapeuta em suas sociedades.

Através desse processo de vivência e aprendizado JOSEPH CAMPBELLJ, em o Poder do Mito (1990) escreve:

 " ...não precisamos correr sozinhos o risco da aventura, pois os heróis de todos os tempos a enfrentaram antes de nós. O labirinto é conhecido em toda a sua extensão. Temos apenas que seguir a trilha do herói,e lá, onde temiamos encontrar algo abnominável, encontraremos Deus. E lá onde esperavámos matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde imaginavámos viajar para longe, iremos ter ao centro da nossa própria existência. E lá onde pensavámos estar sós, estaremos em companhia do mundo todo."

Um belo convite a reflexão desse processo necessário para prosseguirmos a cada Morte e Renascimento em nós mesmos, na função que escolhemos como nosso projeto de vida, nossa alma, de estarmos a disposição do outro, do inconsciente coletivo e da busca implacável de nós mesmos, como psicoterapeutas, analistas numa aproximação do medicine-man, do xamã em ultima instância, precavidos quanto a arrogância, do Curador.

O xamanismo, religião, morte e renascimento, bem como ritos serão temas abordados nesse curso, com o objetivo de nos remeter a um passado da história do homem, em que o contexto simbólico e religioso era antes de tudo o elixir da alma. Fazia parte do cotidiano o contato com esse universo simbólico. Na tentativa de resgatar parte desse conhecimento contido em nosso inconsciente coletivo e pessoal, e para invadirmos o inconsciente coletivo, precisamos antes de tudo confrontar nossos próprios temores em busca de nossas doenças da alma, manter ritos, mitos e interditos trazendo ao ego a possibilidade de integração desse conhecimento, de nossa religiosidade.

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